No dia 12
de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das
Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto,
deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos
do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas
fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria
Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo
estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e
Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou
melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia,
até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez
mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta
vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a
voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da
santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da
imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante
os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a
comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela
santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se,
era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em
meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto
do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A
imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.
Em 1834
iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em
06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e
deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis,
juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene
coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa
Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo
presidente Getúlio Vargas.
A construção
da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por
ocasião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem, ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro,
símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas.
A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido
ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa,
após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na
primeira visita de João Paulo II ao Brasil.
A data
comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro,
embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano
que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora
eles marquem presença notável durante todo ano.
A imagem
encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve
mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que
durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978,
após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela
artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte
de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo
monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil
comprovação.
Seja qual
for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco
importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e
alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a
Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual
também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet,
não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no
mundo. Acenda a sua e que Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto
de cuidados.
Além da
farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora
Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés, e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por libertá-lo.
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés, e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por libertá-lo.
O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos milagres da Basílica Nova.
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos milagres da Basílica Nova.
A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava enxergando, perfeitamente curada.
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava enxergando, perfeitamente curada.
Baseado
no artigo de Márcia Busanello
Fonte: site Ao Mestre Com Carinho - www.aomestrecomcarinho.com.b
Fonte: site Ao Mestre Com Carinho - www.aomestrecomcarinho.com.b
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