CONFIRA A
MATÉRIA NA INTEGRA
Polêmico
e artilheiro, Valdomiro vira treinador e pensa em voltar ao Leão
Ex-atacante de Remo e Paysandu
relembra momentos marcantes da carreira no futebol paraense
Carisma, irreverência e alguns gols importantes nas redes dos adversários.
Esse é o perfil de um atacante que já deu o que falar no futebol paraense.
Valdomiro, vice-artilheiro da Série B com o Leão, campeão dos campeõs com o
Papão, curte agora a aposentadoria e projetos futuros também envolvendo futebol
e a carreira como treinador.
No ano em que o Paysandu garantiu acesso para a segunda divisão do
futebol nacional, onde enfrentará o Palmeiras-SP, o carrasco da equipe paulista
em 2003, jogando pelo Remo, analisa a carreira e a passagem de sucesso que teve
por Belém.
Entristecido, o 'matador' revela que não queria ter deixado o Clube do
Remo após a edição da Série B em que o consagrou como o segundo jogador com
maior número de gols da competição, atrás somente de Vagner Love. Na ocasião,
Valdomiro lamenta ter sido desprestigiado pela então diretoria azulina que,
segundo o atleta, preferiu dar valor para outros atletas. 'Fui para o Bahia
após sair do Remo. Minha intenção era renovar com o Leão, mas não fui
valorizado depois da Série B, em que fui vice-artilheiro', disse, relembrando a
situação parecida com a atual, principalmente de ordem financeira.
'Já naquela época (2003), rolava essa crise no Remo, com atraso
salarial, causas trabalhistas e outras coisas. Fizemos uma grande campanha na
Série B, se fosse o sistema atual, teríamos subido, pois terminamos na terceira
colocação. Na hora de renovar, não saia. Vinham jogadores que não tinham
conseguido nada pelo Remo e recebiam 'luva' e salários altos e pra mim não
queriam dar luvas, apenas um aumento irrisório', criticou Valdomiro.
Mesmo com os problemas citados, criados por conta da antiga gestão,
engana-se quem pensa que o carinho pelo Leão não ficou guardado após a marcante
trajetória com a camisa do clube. Querendo retribuir a boa fase vivida nos
tempos de jogador, o ex-xodó do torcedor azulino não descarta voltar ao clube,
quem sabe como treinador, como deixou escapar. 'Tenho um carinho especial
pelo Remo, assim também como pelo Paysandu, que foi meu primeiro time de Belém.
Penso em ajudar o Remo a voltar a ser respeitado, quero ajudar. Comecei minha
carreira de treinador esse ano, quem sabe no futuro eu venha ajudar o clube, de
alguma forma. O Remo é grande, não pode continuar sendo motivo de chacota',
enfatizou o ex-jogador.
Um dos lances que o torcedor remista não esquece foi a comemoração do
atacante contra o Palmeiras, no Mangueirão. Valdomiro marcou o gol de empate do
Leão, de pênalti. Ao sair para comemorar, fez um gesto um tanto quanto estranho
para a torcida adversária, misturada entre bicolores e palmeirenses.
Após quase 10 anos, Valdomiro explica que não teve a intenção de magoar
a torcida alviceleste e que foi interpretado de forma errada. 'Aquilo foi um
mal entendido, não fiz aquele gesto para a torcida do Papão. O Paysandu é um
time que também gosto muito, fui artilheiro e campeão paraense em 2002, campeão
dos campões. Um dos meus amigos, em Belém, é o Zé Vicente, que tem uma banca de
jornal na Pedreira. Na semana do jogo, o Zé Vicente me ensinou uns passos de
carimbó. Se eu fizesse gol, dançaria, em homenagem ao Pará. Soube de uma
notícia, de uma causa na justiça, e fiz aquele gesto para essas pessoas que não
foram punidas', garantiu.
Iniciando a carreira como treinador, Valdomiro tem no currículo clubes
do Piauí, mas aguarda com carinho um convite de algum clube paraense. 'Treinei
alguns clubes do Campeonato Piauiense, agora quero novos rumos. Belém seria uma
boa, aguardo alguns contatos', finalizou.
Felipe Saraiva (Portal ORM)
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