O Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou ao
Cidadeverde.com nesta quarta-feira (30) que entrará em contato com a estudante
piauiense Elane da Silva, 20 anos, e a mesma poderá fazer a prova do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) em outra oportunidade. A jovem entrou em
trabalho de parto no local onde faria a primeira das duas avaliações, no último
fim de semana.
"A estudante Elane da Silva poderá realizar o
Enem em ocasião futura. O contato oficial será feito pelo Inep
oportunamente", resumiu a assessoria do Inep em nota enviada ao
Cidadeverde.com, que entra em contato com o Instituto desde a última
terça-feira para tratar do assunto.
Anteriormente, o Inep informou que ainda não havia
autorizado a estudante a refazer a prova. Há possibilidade de que Elane faça o
exame em novembro, na mesma data marcada para internos em unidades prisionais.
O Cidadeverde.com conversou com a estudante na
manhã desta quarta-feira. Ela disse que não havia oficializado o pedido para
fazer nova prova, pois buscava informações para saber como proceder. O
Cidadeverde.com a informou que o pedido pode ser feito pelo site do Inep e lhe
informou os telefones de contato.
Entenda o caso
Elane da Silva, 20 anos, entrou em trabalho de
parto na Unidade Escolar Raimundo Wall Ferraz, em Teresina, sendo levada para
um hospital da cidade, onde nasceu uma menina, Luna Kimberly da Silva.
“Vou fazer o pedido hoje e me preparar mais um
pouco. Vou fazer revisão na redação e na área de exatas”, disse.
No fim de semana, o ministro da Educação, Aloizio
Mercandante, já havia informado que a candidata do Piauí teria o direito de
fazer a prova novamente, desde que apresentasse recurso, conforme o edital do
Enem.
"Nesses casos eles (candidatas gestantes) têm
o direito de solicitar o exame de contingência, que nós sempre tivemos, e o
Inep avaliará e evidentemente, neste caso, será considerado favorávelmente. Ela
precisa fazer o recurso", disse Mercadante, após o primeiro dia de provas.
Antes mesmo do Enem, o Inep já havia monitorado as
gestantes inscritas no certame. Em 351 municípios, 712 mulheres tinham previsão
de dar à luz até o dia 31 de outubro. Por conta disso, O Instituto mobilizou
profissionais de saúde nos locais de prova para dar suporte em casos de
emergência.
Fábio Lima e Yala Sena
redacao@cidadeverde.com
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