A partir desta quinta-feira o
Portal Barrense “O SUCESSO DE BARRA DO LONGÁ”, estará fazendo uma reflexão
sobre algumas passagens bíblicas dos livros dos do Evangelho de MATEUS, MARCOS, LUCAS, JOÃO.
Nosso objetivo é proporcionar a você
amigo leitor uma aproximação de Deus, ter uma conversa pessoal e se auto
avaliar sobre o seu compromisso como cristão, independentemente de sua
religião, queremos que você ouça o chamado de Deus e o sirva, pois ele é o
único que pode nos salvar, para isso precisamos abrir nossos corações e ter um
encontro pessoal com Deus.
Hoje iremos iniciar falando sobre
a “JUSTIFICAÇÃO DOS DONS” Lc 18,9-14,
* 9 Para alguns que confiavam na sua própria
justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: 10 «Dois homens
subiram ao Templo para rezar; um era fariseu, o outro era cobrador de impostos.
11 O fariseu, de pé, rezava assim no seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço,
porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros,
nem como esse cobrador de impostos. 12 Eu faço jejum duas vezes por semana, e
dou o dízimo de toda a minha renda’. 13 O cobrador de impostos ficou à
distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito,
dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’ 14 Eu declaro a
vocês: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se
eleva, será humilhado, e quem se humilha, será elevado.»
REFLEXÃO
*Não basta ser
perseverante e insistente. É preciso reconhecer e confessar a própria pequenez,
recorrendo à misericórdia de Deus. De nada adianta o homem justificar a si
mesmo, pois a justificação é dom de Deus.
Nesta parábola, temos a oposição
radical entre dois orantes e dois tipos de oração: a oração arrogante e
auto-suficiente do fariseu e a oração confiante e humilde do publicano. A
oração do fariseu é típica das tradicionais orações de Israel. Aparentemente é
uma oração de agradecimento a Deus. Contudo, por seu conteúdo, adquire outro
sentido.
O fariseu “agradece” por ser um
justo, observante, diferenciado e separado dos “pecadores” como o publicano que
ali estava presente.
O fariseu coloca-se diante de
Deus numa atitude de senhor e não de servo. Faz negócio com Deus: Eu dou-te as
minhas boas obras e Tu às obrigado a dar-me a salvação eterna. Toma uma posição
de igualdade com Deus, na medida em que se sente com direitos diante de Deus.
O fariseu colocou-se como ponto
de referência em relação ao pecador e ao próprio Deus. Na condição de
superioridade em relação ao pecador e na de quase igualdade, perante Deus.
Sua oração é uma oração de
auto-suficiência e de desprezo aos outros, que, em nome de Deus, fundamenta uma
posição de privilégios e poder.
O outro orante, o publicano, tem
a atitude de um pobre que confia totalmente em Deus. Ele, humilhado e excluído
pelo sistema religioso que o considera um pecador, é consciente de sua pequenez
e de sua dependência de Deus. À medida que o “justo” rompe a comunhão com o
próximo, ele rompe a comunhão com Deus.
O pecador relaciona-se apenas com
Deus e não se mete na vida do vizinho.
O pecador, pelo contrário, pensa
e pensa bem. Pois ele nada tem para dar em troca a Deus e que não tem quaisquer
direitos a reclamar dele. De seu tem apenas o pecado e dele espera apenas o
perdão. A parábola não é, pois, sobre a oração, mas sobre a justificação diante
de Deus e pretende responder à eterna pergunta: Como fazer a vontade de Deus
neste mundo? Cada um dos personagens apresenta-nos a sua resposta e a sua
atitude de vida.
O pecador se salva, torna-se
justo diante de Deus, não pelas obras humanas, pelo seu esforço no cumprimento
de determinados preceitos, mas pela graça de Deus; ou seja, só pelo poder de
Deus é que o homem é salvo, e não pelo que é ou faz. Acolher Jesus e a sua
Palavra numa fé confiante, é o único caminho da salvação.
Alguém perguntará: Então, as
nossas boas obras nada valem diante de Deus? O problema não deve ser colocado
desse modo. Aqui não se trata de um problema de conteúdo, isto é, de obras, mas
da perspectiva com que se fazem as obras. Expliquemos: O fariseu não foi
condenado pelas boas obras que praticou, mas por confiar apenas nelas e nas
suas próprias forças para fazê-las. Foi condenado por não as atribuir a Deus
nem as relacionar com Ele.
A lição que devemos tirar deste
texto é: O cristão deve estar atento para não abrir a porta à tentação da
soberba perante o outro homem e da autojustificação perante Deus. Pelo
contrário, optará por uma atitude de caridade e grande compreensão em relação
às outras pessoas como sempre fez Jesus e por um esvaziamento de si, para que
Deus o encha do seu perdão e da sua misericórdia.
Fonte de Informações e Homília -
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